Tendo conhecimento do resultado dos azuis e brancos na Madeira diante do Marítimo, o Benfica sabia à partida que podia ampliar a vantagem para o segundo classificado para quatro pontos com uma vitória num terreno que na era Jorge Jesus tem sido dos mais complicados para os encarnados(um saldo de duas derrotas e uma vitória, sendo que a vitória foi conquistada à tangente com um golo de Ramires).
Voltando ao tópico do jogo, curiosamente foi o Guimarães a equipa mais perigosa exercendo uma forte pressão a meio campo sobre a dupla no meio campo formada por Enzo e Matic e durante a primeira parte olhou nos olhos do Benfica, tendo uma grande oportunidade de inaugurar o activo no Estádio D. Afonso Henriques, aos 7 minutos, através de um livre directo cobrado por Tiago Rodrigues que obrigou Artur a intervir e mais tarde aos 16 minutos, Baldé com um remate de fora de área obrigou Artur a aplicar-se.
Volvido um minuto, o Benfica teve a sua primeira grande oportunidade, quando após cruzamento do flanco direito por parte de Salvio, a torre Jardel (formou duo no eixo da defensiva com Garay) ergueu-se e realizou um cabeceamento perigoso que passou ao lado da baliza vimaranense. O Vitória aos 25 minutos criou perigo por parte do Ricardo ao qual Artur defendeu à segunda.
Aos 28 minutos, numa jogada protagonizada por Gaitan em que progride pelo flanco direito( jogada idêntica com a jogada entre Sálvio e Jardel), o Tacuara cabeceia com perigo, embora ao lado, da baliza defendida por Assis, sendo que deu o aviso para o que se ia passar passados 10 minutos em que Lima isolado, contorna o GR vimararense e é derrubado em falta e El Adoua recebe cartão amarelo. Grande penalidade evidente para as águias e Cardozo na hora da verdade não vacilou e atirou para o 1º golo das águias( numa altura em que houve o primeiro rebentamento de petardos por parte de alguns adeptos do V. Guimarães), e o Benfica passou para a segunda parte em vantagem, num jogo equilibrado, com maior passe de bola para a equipa comandada por Rui Vitória.
Na segunda parte, a história foi totalmente diferente, com o Benfica a acelerar no ritmo e o Vitória a ceder, com Lima e Garay a darem avisos, aos 53 minutos e aos 56 minutos, respectivamente até que ao momento que penso que talvez decidiu o encontro para a equipa de Jorge Jesus, dirão diversas pessoas, em que Kanú recebe o segundo amarelo e consequente ordem de expulsão, penso que foi algo exagerado, mas El Adoua também poderia ter ido mais cedo para os balneários após travar Lima isolado no lance que deu ao primeiro golo à equipa comandada pelo nosso catedrático.
Sem tardar, " El Negro" através de uma finalização espectacular deu tranquilidade aos encarnados aos 61 minutos, com um golo de belo efeito (chapéu feito a Assis) e mais um rebentamento de um petardo junto à baliza de Artur que motivou queixas do guardião encarnado.
A partir daí a equipa de Jorge Jesus comandava e controlava as operações, em que Salvio por duas vezes ( minutos 71 e 77), assediou a baliza de Assis e naturalmente marcou o 3º golo, após ter ficado isolado na cara do guardião vitoriano (golo em fora de jogo de Toto Salvio aos 82 minutos).
Pelo meio houve uma grande ocasião para Baldé, aos 78 minutos, relançar o jogo para a sua equipa com um cabeceamento forte para uma bela defesa de Artur e já em desequilíbrio atirou para as mãos do keeper das águias que estava... sentado, numa altura em que Jesus lançou Ola John e tirou Nico e para completar as substituições tirou a dupla letal constituída por Cardozo e Lima para as entradas de El Mago Aimar e Rodrigo que com uma belíssima finalização já no tempo regulamentar fechou o resultado, resultado exagerado (tendo em conta a boa réplica dada pelos vimaranenses na 1ª parte), mas inteiramente justo, pois a equipa encarnada tem sido muito competente e eficaz no ataque e já muito tempo não sabe o que é sofrer um golo para o campeonato.
Vitória importante num terreno ultimamente difícil que coloca a equipa do Benfica dependente apenas de si própria no que diz respeito à questão do título de Campeão Nacional a 7 jornadas do fim e é importante, em jeito de aviso às hostes encarnadas, não partir em euforias desmedidas até porque há muitos jogos pela frente e podemos perder pontos, portanto temos de fazer o nosso trabalho com rigor, humildade, esforço e paixão, porque ainda não ganhamos nada (podemos ganhar tudo ou não ganhar nada, portanto é normal que fiquemos contentes mas nada de euforias e festejos antes do tempo, porque o passado nos tem dado diversas lições a esse nível e normalmente o "tiro sai pela culatra" , quando se entra em euforias desmedidas e se festeja sem ainda não se ter ganho nada.
Destaques: Artur(pelas defesas), Garay(pelo hino ao futebol que marcou) e Lima pela segunda parte que fez embora, o companheiro de Cardozo não tenha molhado a sopa.
P.S-Ai Cardozo e Ai adeptos do Vitória de Guimarães...
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